Aproveitamento de cotas aumenta número de pacientes atendidos fora do domicílio

Nos primeiros cinco meses da atual administração, a Secretaria de Saúde já encaminhou 1678 pacientes para procedimentos fora do município. A informação foi repassada pela Diretora de Secretaria, Fabiane Garlet Bertolin, responsável pelos encaminhamentos ao SUS. Segundo ela, o município tem cotas mensais definidas pelo Estado, para cada especialidade. No total, são 75 atendimentos por mês, entre exames, consultas com especialistas e cirurgias. As cotas não são acumulativas, ou seja, se o município não encaminhar pacientes, perderá a oportunidade de atendimento que será então, utilizada por outro município. São estas cotas não preenchidas, aproveitadas pela secretaria da Saúde, que estão ajudando a aumentar o número de pessoas atendidas. “Por isso é tão importante que haja uma pessoa no setor com dedicação exclusiva ao monitoramento das necessidades e ao encaminhamento de pacientes”, explica. Fabiane afirma ainda que, atualmente, não há perda de nenhuma cota do município pois quando um paciente é encaminhado e por qualquer razão desiste do procedimento, o próximo paciente da lista é imediatamente contatado para que a vaga seja ocupada. Para ter acesso ao tratamento fora do domicílio (TFD) o paciente deve procurar a unidade de saúde do município e fazer a consulta com o médico. Se for constatada a necessidade, o médico fará o encaminhamento para um especialista ou solicitará exame de diagnóstico como raio X, ultrassonografia, tomografia, ressonância magnética, endoscopia, entre outros. Nesta etapa, inicia o trabalho do responsável pelos encaminhamentos que junta as solicitações e documentos do paciente e faz o contato com a central de atendimento a que pertence o município, que no caso de Anchieta, é o Hospital Regional de São Miguel do Oeste.

Além de encaminhados ao atendimento adequado, os pacientes de Anchieta também podem contar com o transporte gratuito, feito pela secretaria de Saúde. São duas ambulâncias, uma Van e mais três veículos destinados ao transporte de pessoas. Para organizar as viagens e definir os roteiros da Saúde, Fabiane conta com a ajuda da auxiliar administrativa Sandra Roth, que também faz os agendamentos e o contato com os pacientes. Para a diretora, em quase todos os aspectos o SUS funciona muito bem mas é preciso organização e cuidado nas etapas que antecedem o encaminhamento para que o processo não seja devolvido por falta de documentos. “É um trabalho muito gratificante”, diz, mostrando orgulhosa o livro onde estão registrados todos os encaminhamentos feitos desde que assumiu a função. De acordo com seus registros, 95 por cento dos pacientes encaminhados pelo município desde o início do ano, já tiveram seus procedimentos aprovados e realizados sendo que o prazo máximo de espera, com exceção dos casos cirúrgicos, foi em média, de 30 dias.