Profissionais da educação municipal debatem sobre a Dislexia

Evento foi promovido pela secretaria de Educação, na manhã de ontem, dia 23, com o objetivo de estudar e discutir a Dislexia, buscando formas de detectar e tratar a dificuldade no contexto escolar. A coordenadora do estudo foi a Orientadora Educacional de Anchieta, Claudete Junges. Dificuldade para ler, soletrar ou até mesmo identificar as palavras mais simples e para associar o símbolo gráfico e as letras ao som que elas representam, podem ser sinais do transtorno.

Tratada como um distúrbio ou dificuldade específica da aprendizagem, a Dislexia acomete, em diferentes graus, até 17% da população mundial. As formas de manifestação diferem de indivíduo para indivíduo, mas geralmente tornam-se mais evidentes na fase de alfabetização. “Por isso, ressaltamos a importância do estudo e da observação do pedagogo, que é o primeiro profissional a perceber que as dificuldades que determinado aluno apresenta, estão fora dos padrões observados rotineiramente”, explica Claudete. Segundo a Orientadora, além da avaliação do professor, para o diagnóstico é preciso também o parecer de outros profissionais como psicólogo, fonoaudiólogo e neurologista pois a comprovação é obtida por eliminação, descartando-se antes problema visuais e auditivos, por exemplo.

Dislexia é uma dificuldade, não uma impossibilidade

A dislexia é uma dificuldade persistente que não pode ser curada mas Isso não significa que o disléxico não conseguirá aprender. “O diagnóstico é importante mas o mais importante é o que será feito a partir dele. Uma pessoa disléxica será sempre disléxica mas com acompanhamento adequado poderá desenvolver seu aprendizado de forma consistente”, afirma Claudete. De acordo com ela, com o acompanhamento correto, o cérebro cria métodos próprios para adaptar-se e compensar a dificuldade. A Orientadora ressalta que o diagnóstico deve ser um ponto de partida para a busca de novas formas de ensinar e é dever da escola, juntamente com a equipe pedagógica, dar um atendimento individualizado que irá possibilitar que o processo de ensino e aprendizagem do aluno disléxico se desenvolva com sucesso. “Se nos propomos a construir uma escola inclusiva, devemos levar em conta as dificuldades e necessidades de cada indivíduo e modificar os planos sempre que for necessário”, pondera.